CARREIRA
DESENVOLVIMENTO HUMANO E
EMPRESARIAL

Liderança e Motivação
Por Sérgio David


Motivação: um assunto por diversas vezes discutido, mas que ainda hoje gera dúvidas e questionamentos quanto à abrangência. É fácil estabelecer uma relação entre esportes e motivação, ou mesmo entre esse conceito e qualquer outra atividade cuja realização resulte em prazer. No entanto, quando o assunto é motivação para o trabalho, ainda é possível verificar pessoas que associem trabalho a obrigação e, portanto, não consideram a possibilidade deste estar relacionado a prazer em sua execução, nem a uma disposição natural para realiza-lo bem. Contudo, se atinarmos para o fato da motivação ser a força que nos estimula a agir, torna-se possível compreender que para qualquer ação necessitamos estar disponíveis e ou motivados.

No trabalho não é diferente.

Grandes empresas já concluíram há muito tempo que, o que elas têm de mais precioso são seus recursos humanos. A valorização do trabalho do colaborador de sua empresa é um fator altamente motivador. Cabe ao gerente ou àquele que ocupa o papel de liderança da equipe, mantê-la comprometida com o trabalho.

Conceitos ultrapassados de gerenciamento pregam a autoridade como instrumento de obtenção de respeito dos subordinados, e condição para possibilitar o alcance das metas estabelecidas. Segundo tais preceitos, “chefiar” uma equipe implica em repreender seus integrantes quando um erro acontece. Centralizar em si todas as responsabilidades e decisões. Ou ainda estabelecer com os colaboradores, uma relação de constante cobrança por acreditar que do contrário o trabalho não acontece. É importante, antes de mais nada, compreender que medo nada tem a ver com respeito, e que um líder não deve perceber a equipe como uma ameaça à sua posição. Não é a toa que me refiro aos profissionais como colaboradores; estes e sua liderança, não devem estar em lados opostos.

Estudos divulgados nos últimos anos abordam questões como inteligência emocional e valorização das potencialidades individuais. É sabido, portanto, que o emocional não está distanciado do profissional e que cada indivíduo é motivado por fatores distintos. Dentro deste contexto, o gerente aparece como o facilitador do processo. É esperado que este ofereça à equipe como um todo e a cada integrante, aquilo que os influencie positivamente; que trabalhe no sentido de favorecer a comunicação entre os integrantes de sua equipe. Expressar confiança no trabalho de quem colabora com você torna as pessoas comprometidas, pelo simples fato de não quererem desapontá-lo. No entanto, anterior a este, existem outros fatores motivacionais.

Cabe aqui citar o psicólogo humanista Abraham Maslow, que analisou as necessidades humanas e revisou a teoria dos instintos. Segundo ele, figura entre as necessidades básicas do ser humano, a de reconhecimento, realização do próprio potencial e a plena utilização dos talentos. Isso quer dizer que nunca é demais reconhecer um trabalho bem feito por seu colaborador. Aliás, não há nada mais motivador no ambiente de trabalho, do que uma liderança confiável e sensível às necessidades do grupo: afinal não é apenas de dinheiro e recompensa que as pessoas precisam para estar bem.

Os conceitos aqui apresentados nada tem de revolucionários; é sabido que um profissional motivado trabalha melhor, e que tal condição resulta em maior rentabilidade para sua empresa. Contudo, ainda encontramos “chefes” que administram apostando na eficácia da expressão de autoridade. Pense a respeito e responda: que tipo de gerente você é, um “chefe” ou um líder?
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